LINA BO BARDI
Nascida em Roma, na Itália, em 1914, a história de vida de Lina foi marcada pela guerra, criatividade e muito trabalho. A arquiteta manteve sua intensa produção cultural até 1992, ano em que morreu, aos 77 anos.
OBRAS:
- Casa de Vidro
Uma das primeiras intenções de Lina foi conservar o perfil natural do terreno, muito inclinado, o que influiu para que a frente da casa fosse construída sobre pilotis, mas sem deixar de fazer referência a um dos cinco pontos da arquitetura propostos por Le Corbusier. A parte de trás da residência ficou, por conseguinte, apoiada em muros de concreto diretamente sobre o terreno. Esse aspecto maciço da porção posterior se contrapõe com a leveza da porção sul e sua fachada principal, criando um rico diálogo entre transparência e opacidade, natureza e construção, interior e exterior, que trás novamente à mente os exemplos das primeiras casas corbusierianas.
- MASP- Museu de Arte de São Paulo
A edificação, que agora completa cinco décadas, foi inaugurada no antigo terreno Belvedere do Trianon, que havia sido demolido, em 1951, e, depois, abrigou o pavilhão temporário da 1ª Bienal Internacional de São Paulo. Primeiramente instalado na rua 7 de Abril, no centro de São Paulo, o MASP foi transferido oficialmente para a atual sede no dia 7 de novembro de 1968. Com base no uso de vidro e concreto, Lina mesclou em sua arquitetura as superfícies ásperas e sem acabamentos com leveza, transparência e suspensão.
O projeto de Lina manteve a vista para o centro, criando entre a parte suspensa e as dependências subterrâneas do museu uma grande esplanada, o Vão Livre - pensado como uma praça pública para uso da população.
- Casa do Benin
No casarão se encontra o Espaço Museu Pierre Verger, onde estão expostas as peças do acervo permanente com obras beninenses; a Sala de Exposição Lina Bo Bardi, que recebe mostras temporárias; e o Auditório Gilberto Gil, local de realização de eventos e oficinas de pequeno porte voltados para a comunidade.
No pátio, existe o Espaço Gourmet Jeje Nagô, com arquitetura inspirada no estilo de restaurantes antigos das comunidades rurais beninenses. A “Tatassomba” é uma réplica de edificações existentes no Benin, desenvolvida pela arquiteta Lina Bo Bardi, feita de barro e com teto de palha. Também há uma outra edificação, toda em cimento queimado – uma das assinaturas da arquiteta. Ali, existe uma sala multifuncional, além de um terraço de onde é possível ver os casarões seculares do Centro Histórico com um outro olhar.
- SESC Pompéia
Três volumes prismáticos de concreto aparente surgem ao lado dos antigos galpões da fábrica de tambores da Pompéia: um prisma retangular de trinta por quarenta metros de base e quarenta e cinco metros de altura; um segundo prisma retangular, menor e mais alto que o primeiro, de quatorze por dezesseis metros de base e cinquenta e dois metros de altura; e um cilindro de oito metros de diâmetro e setenta metros de altura.
- Igreja do Espírito Santo do Cerrado
Construída em um relevo, apenas os pilares e as vigas estruturais dos volumes circulares receberam concreto armado, em todo o resto foram usados materiais utilizados em casas rurais mineiras da região, como tijolos de barro e aroeiras para fabricar as portas. Um trabalho conjunto entre Lina Bo Bardi e a comunidade local. O piso em pedra portuguesa dá um charme extra à igreja, assim como a aparente estrutura em madeira do telhado, com telhas capa-e-canal.
- Teatro oficina
o teatro desenvolve-se por meio de uma faixa de terra, conformando a passarela central com cerca de 1,50 metros de largura sobre pranchas de madeira e com extensão de 50 metros de comprimento entre o acesso frontal e fundos, aproximando a ideia de Rua, marcando o eixo do espetáculo e desfragmentando os limites entre o palco e a plateia. No eixo, que tem sua cota diminuindo pelo percurso, à medida que se chega próximo ao centro, os arquitetos concebem um elemento surpresa: uma cachoeira, composta por sistema que deságua no espelho d’água construído e re-circulando.
(Fonte: Archdaily)
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